Como lidar com a sexualidade dos meus filhos?

Na adolescência, começam os namoros e relacionamentos com outras pessoas que vão além da amizade e do companheirismo. Nesta fase, estes namoros poderão ser românticos, emocionantes e podem provocar sentimentos positivos muito intensos. Mas, às vezes, também podem ser complicados e provocar sentimentos negativos muito dolorosos, por isso:

  • É importante passar aos adolescentes a mensagem de que os relacionamentos passam por momentos positivos e negativos, mas só merece a pena manter uma relação quando esta traz mais coisas positivas que negativas.
  • Lembrar que vale a pena ser exigente com as pessoas com quem têm uma relação.
  • Incentivar a pensar nas qualidades que eles querem para os seus amigos, para que possam procurar conscientemente essas qualidades nas pessoas que escolhem para namorar.
  • Se ainda não iniciaram um namoro, recomendar que não tenham pressa. Não iniciar um namoro não faz de dele uma pessoa menor que os outros.
  • Quando começarem um namoro que não está a correr bem ou não os faz sentir bem, devem ser capazes de o terminar.


Quando falamos em namoro, falamos também em sexualidade, que é um aspecto inerente a todos nós e por isso também aos nossos filhos.
A sexualidade, tal como o namoro, está relacionada com a expressão de emoções, sentimentos e afetos, com a capacidade de dar, receber e partilhar, pelo que a sexualidade saudável está relacionada com relacionamentos saudáveis, associada a emoções, sentimentos, afetos e partilha saudável.  Por isso devemos aceitar a sexualidade e o namoro com naturalidade, não fugindo das questões que os filhos nos possam colocar, respondendo-lhes com simplicidade e de acordo com a sua faixa etária.
As recomendações anteriores sobre a importância de não ter pressa, manter só as relações positivas e saber acabar com os namoros que correm mal, devem ser sempre lembradas, assim como a informação sobre os métodos contracetivos e a prevenção das infeções sexualmente transmissíveis.
Como frequentemente os filhos não se sentem à vontade para falar com os pais sobre o assunto, uma boa alternativa é orientá-los para os serviços de saúde que podem aconselhá-los ou dar-lhes bibliografia credível (livros e páginas na internet) que eles possam ler. O website da APF (Associação para o Planeamento da Família) tem informação útil e credível sobre o assunto e nós próprios temos na nossa Biblioteca, na secção dos Adolescentes, publicações da APF que podem ser consultadas.