O Papel do pai

senhor com tatuagem no braço abraça bebe

Por vezes, os pais atrapalham-se perante a aparente fragilidade de um ser tão pequenino e preferem esperar até que o bebé cresça mais um pouquinho, com receio de o magoar. Mas enquanto o pai espera, a mãe vai ganhando experiência, ganhando espaço, pois apesar de também se sentir insegura relativamente aos cuidados a prestar ao bebé, não pode deixar de o fazer, aprendendo rapidamente a tratar do filho. É importante que o pai não se desresponsabilize do seu papel de educador, tanto quanto a mãe, visto cada um, à sua maneira, estabelecerem uma relação especial com o bebé, devendo estar ambos em pé de igualdade e em consonância quanto à educação do mesmo, ajudando-se e apoiando-se mutuamente.

O pai pode e deve partilhar nos cuidados diários a ter com o bebé desde o seu nascimento, tais como:
- Mudar-lhe as fraldas; dar-lhe banho e pô-lo para dormir;
- Colaborar na sua alimentação, dando-lhe o biberão ou os alimentos sólidos;
- Trazê-lo ao colo, bem junto ao corpo, enquanto se realizam outras tarefas;
- Deixá-lo tocar-lhe e sentir as diferenças entre a cara da mãe e do pai;
- Imitar os seus movimentos, gestos, expressões, sons e vocalizações;
- Conversar, cantar ou ler histórias para ele;
- Explicar coisas e distribuir tarefas, verificando se são cumpridas e, se necessário, corrigir e repreender.

Para além destes aspectos, o homem tal como a mulher, pode colaborar e efectuar nos mais diversos trabalhos domésticos: fazer as compras, cozinhar, servir a mesa, lavar a loiça, limpar a casa, entre outros. (permitindo assim à mulher mais tempo para si própria e consequentemente para o casal)

Até porque, quanto mais vezes os filhos (especialmente os do sexo masculino) virem o seu pai a desempenhar essas tarefas, mais cedo interiorizarão o conceito da igualdade de direito entre os sexos.

Se o pai recusa o seu poder de educador, mostrando-se relutante no momento em que é preciso tomar uma atitude, fechando os olhos a tudo, o filho sentirá, ficando incomodado com isso, receando mais depressa esta espécie de pai do que aquele que o dirige com segurança, pois estará assim a dar oportunidade à criança para ficar a saber com o que pode contar e o que significa exactamente a desaprovação do pai.

Fonte

Helena Coelho, 2008