Abuso dos videojogos

Jogar, sobretudo se for em grupo ou em ambiente familiar, é geralmente uma boa atividade, com efeitos positivos do ponto de vista social, e no desenvolvimento da criança.
Os videojogos, em particular, são também uma atividade que pode ter grande interesse educativo.
No entanto, quando não se respeitam limites, surge a dependência ao jogo, uma doença em que as pessoas são impelidas por um desejo incontrolável de jogar, que progride em intensidade, consumindo cada vez mais tempo, energia e recursos materiais.
Ao contrário das dependências às drogas, a vontade de jogar induz a persistir numa atividade e não no consumo de uma substância.
Como prevenir estes problemas nos filhos?
Recomendamos evitar:

  • Jogar videojogos (em consolas ou na internet) mais de duas horas por dia.
  • Jogar em máquinas de moedas.
  • Usar a televisão como “babysitter” dos nossos filhos, ou seja, sempre ligada para os distrair.
  • Abandonar outras atividades como passear, fazer desporto, estar com os amigos, para permanecer diante dum monitor: isto é um sinal de alerta de dependência!

Para além disso, aconselhamos a procurar:

  • Realizar atividades de lazer alternativas.
  • Participar com o seu filho nas suas tarefas escolares, para fomentar a comunicação.
  • Ver com ele a televisão, para desenvolver o seu espírito crítico.
  • Saber quanto gasta e em que gasta o seu dinheiro, para ajudá-lo a controlar os impulsos.
  • Incentivar o jogo participativo.
  • Ensinar o seu filho a aceitar derrotas, para aumentar o seu nível de resistência à frustração.
  • Mostrar-lhe afeto e carinho.

Se o seu filho se irrita excessivamente quando o interrompe durante os videojogos, a TV ou a internet, se abandona as atividades de tempos livres com os amigos e prefere permanecer sozinho jogando, preste atenção e, se necessário, solicite ajuda profissional.

 
Fonte

António Pina (médico) / Helena Coelho (psicóloga)
2014