Autonomia, Regras e Limites

4 adultos a espreitar com braços esticados

É sensivelmente, por altura dos 12 anos que se inicia a chamada fase da adolescência, sendo frequentemente um período algo conturbado não só para os pais como, sobretudo, para os filhos.

Nesta fase, existe frequentemente algum confronto/agressividade dos filhos dirigida aos pais, na tentativa de conquistar maior autonomia, privacidade e afirmação enquanto indivíduos que começam a ter as suas próprias ideias e vontades que vão sendo cada vez mais definidas.

É sensivelmente, a partir desta idade que as crianças se vão interessando pela autonomia da idade adulta e por uma diferenciação face à sua privacidade e individualidade, querendo ter maior controlo na sua própria vida. É característico desta fase alguma oposição e confrontação face aos limites estabelecidos.

Os pais deverão tentar manter a comunicação com os filhos, pressupondo que esta já se estabeleceu anteriormente (só sendo possível deste modo), demonstrando que estão disponíveis para falar com eles, quando eles assim o sentirem, sempre que surjam dúvidas ou algum problema.

Também é importante ir-lhes dando gradualmente autonomia para que sejam eles a tomarem as suas próprias decisões sozinhos e sem interferência dos pais (eventualmente com aconselhamento) mas com limites e regras que devem ser negociadas entre estes e os filhos. No entanto, no final da “negociação” os limites têm de ser definidos pelos pais.


Quando cumprem e se portam de acordo com esses limites negociados e definidos pelos pais, então os pais devem recompensar os filhos com mais confiança e mais autonomia. Caso contrário, devem corrigir os filhos com menor autonomia deixando sempre a possibilidade de no futuro voltar a recompensá-los.

Um exemplo de como esta “negociação” se poderá estabelecer, quando os adolescentes já são mais velhos, poderá ser o que se passa quando o nosso filho nos pede para ir a um bar ou a uma discoteca. Após conversarmos com ele, impomos que regresse à meia-noite a casa.

Caso ele cumpra, é legítimo elogiá-lo e dar-lhe mais autonomia, nomeadamente a possibilidade de noutro dia poder regressar a casa um pouco mais tarde. No entanto, caso não cumpra, temos o direito e até o dever de o corrigir, não o deixando sair no dia seguinte.


Contudo, este exemplo vem somente a título explicativo, caberá apenas aos pais fazerem as opções mais adequados mediante a sua sensibilidade e a situação em causa, caso a caso.

Recomendamos a leitura do artigo sobre a adolescência aqui.