A fragilidade óssea depende sobretudo dos hábitos de exercício físico e do consumo de cálcio nos alimentos durante a infância, que condicionam o aumento da densidade óssea até um “pico” que ocorre aos 18-20 anos. Quanto maior este “pico”, menores serão os problemas futuros de osteoporose. Como é na adolescência que se ganha cerca de 40% da massa óssea, estes poucos anos são essenciais para se conseguir uma boa reserva para o futuro. Os adultos mais idosos, e em especial as mulheres idosas depois da menopausa, têm frequentemente osteoporose, doença que corresponde a fragilidade óssea por diminuição de cálcio.

Assim, para evitar o aparecimento mais tarde de doenças ósseas como a osteoporose, é importante estimular o exercício físico e uma alimentação rica em cálcio (leite ou derivados como o queijo, requeijão e o iogurte) entre os nossos filhos.

Alguns adolescentes cometem o erro de substituir a ingestão de leite por refrigerantes, mas estas bebidas gaseificadas não só ocupam erradamente o lugar do leite como têm compostos que diminuem a absorção e incorporação do cálcio no osso, além de serem dos maiores responsáveis pela obesidade nestas idades, por serem muito açucarados. Outros maus hábitos que diminuem a saúde óssea são o consumo de álcool, café e cigarro.

Por outro lado, o exercício físico, tal como uma boa alimentação rica em cálcio, é fundamental para formar ossos fortes, com um bom “pico” de densidade óssea, porque, tal como os músculos, os ossos tornam-se mais fortes com o uso, através das actividades físicas.
Por tudo isto devemos orientar os nossos filhos adolescentes quanto aos aspectos positivos de uma boa alimentação e da prática de exercício físico regular.

António Pina (médico saúde pública)