A puberdade em geral

4 meninos a espreitar

Entre os 10 e os 20 anos de idade, as crianças sofrem alterações rápidas no tamanho, forma e fisiologia do corpo e na função psicológica e social.
A idade de início da puberdade varia de adolescente para adolescente mas o seu início tem vindo a registar-se cada vez mais cedo, ao longo do último século, sendo um reflexo das melhorias registadas ao nível da nutrição e da saúde em geral.

No caso das bailarinas, ginastas, corredoras e outras atletas em que a magreza e a actividade física extrema coexistem desde o início da infância, verifica-se frequentemente um atraso no início da puberdade e da primeira menstruação.
Nas meninas, a formação do botão mamário geralmente é o primeiro sinal de puberdade (8-13 anos), seguido, cerca de 6 a 12 meses depois, pelo aparecimento de pêlos púbicos. O intervalo até à primeira menstruação costuma ser de 2 a 2,5 anos, mas pode atingir um intervalo de 6 anos. A velocidade máxima do desenvolvimento da estatura ocorre geralmente cedo, entre os 11 e os 12 anos, e antes do aparecimento desta primeira menstruação (geralmente entre os 12 e os 13 anos).

Nos meninos, o crescimento dos testículos e o adelgaçamento do escroto (pele que envolve os testículos) são os primeiros sinais da puberdade, geralmente entre os 9 e os 10 anos. São seguidos de um escurecimento do escroto, o crescimento do pénis e, posteriormente, o aparecimento dos pêlos púbicos. Nos meninos, ao contrário das meninas, a aceleração do crescimento começa já quando a puberdade está bem encaminhada, atingindo o seu máximo, geralmente, entre os 13 e os 14 anos. O surto de crescimento ocorre cerca de dois anos mais tarde do que nas meninas, e o pode continuar mesmo depois dos 18 anos.

Quando existem suspeitas de existência de uma puberdade precoce (antes dos 8 anos, nas meninas, e dos 9 anos, nos rapazes), a criança deve ser imediatamente observada por um especialista porque está associada a paragem no crescimento dos ossos e uma estatura final do adolescente menor do que a que seria de esperar na ausência da precocidade.

Para que os nossos filhos tenham um bom crescimento, para além da carga genética familiar e da experiência uterina e infantil que pertence ao passado, só poderemos cuidar agora e no futuro que:
1º - Tenham uma alimentação saudável;
2º - Pratiquem exercício físico com regularidade;
3º - Tenham estabilidade afetiva e psicológica (nossa responsabilidade em casa!);
4º - Tenham sensação de integração na comunidade onde cresce.

A integração na comunidade diz respeito à importância de os nossos filhos participarem das festas e projetos da escola e da terra onde vivem. Diz respeito também à possibilidade de poderem relacionar-se com os amigos e conhecidos com regularidade e facilidade no local onde vivem. Isto significa que é mais fácil ter tudo isto numa localidade pequena, mas nas grandes cidades também se pode conseguir o mesmo ao nível do bairro.